quinta-feira, 14 de julho de 2011

O Cão Que Queria Ser Gato


Um mago vivia numa imensa aldeia
e todos afirmavam que
ele era capaz de realizar os mais estranhos desejos.

Um dia, quando ele orientava algumas crianças,
um cão aproximou-se e o interrompeu:
" Mago, eu quero que você me transforme num gato".

- Mas por que esse desejo tão tolo, meu amigo?

Respondeu-lhe o cão:

" Eu quero ser admirado por meu andar gracioso,
por ter um pulo certeiro,
por sacar a hora certa de me retirar,
por ser carinhoso sem ser servil,
por saber fazer valer minha vontade,
por não incomodar visitas com festinhas exageradas,
por respeitar e manter intacta minha excêntrica personalidade, por conseguir o que quero
sem lamber a mão de ninguém".

- Muito bem, então. Seja feita sua vontade!
- disse o mago,
tocando o cão com a ponta de um pequeno bastão.

Imediatamente, o cão transformou-se num gato.
Feliz, saiu andando, sentindo-se realmente um gato.

Passados alguns dias, voltou ao mago e
- desta vez muito triste - disse:
" Por favor, Mago, faça-me voltar à minha forma antiga!"

- Você parecia tão certo do que queria!
Por que desistiu, meu amigo?

Respondeu o cão, com ares de muita frustração:

- Minha aparência foi mudada,
virei gato, mas não consegui caminhar tão
graciosamente como um deles e derrubava
tudo por onde passava;
quando achei que meu pulo seria certeiro,
vários ratos e pássaros
escaparam a um centímetro de mim,
e riram muito da minha inabilidade;
quando sacava a hora certa de me retirar
já havia levado um pé no traseiro;
quando pensava estar sendo carinhoso sem servilismo,
via que ninguém entendia o que fazia
um gato com um jornal na boca;
quando imaginei que não importunava as visitas,
eu as via irritadas com meus estridentes
e desafinados miados;
quando minha vontade prevalecia
não conseguia festejar em silêncio;
quanto mais orgulhoso me sentia da minha excêntrica
e firme personalidade, mais abanava o rabo por qualquer presentinho
e todos acabavam rindo de mim;
mas o pior de tudo era quando lambia
a mão de alguém que no dia anterior
já me dera uma humilhante vassourada!
Chega! Algo deu errado!
Já que você não sabe fazer tudo certo,
quero voltar a ser cão!

O mago, após ouvi-lo com muita paciência,
disse-lhe cheio de compreensão:

" Você queria ser um gato e eu o transformei num gato.
Sou um mago, mas não sou Deus.
Posso mudar a aparência de coisas e de seres,
mas não posso mudar-lhes a essência.
Eis porque, mesmo parecendo um gato,
você sempre será um cão.
Isso não é possível mudar.
Cada um é apenas o que veio para ser,
de acordo com sua essência
e seu grau espiritual de evolução.
A essência é nossa alma.

Isto dito, o cão voltou a ser cão,
só que desta vez todo confuso e,
na continuação, sempre machucado.
Sua essência não se modificara,
mas sua insatisfação consigo mesmo
e sua frustração por não poder ser o que queria,
fizeram com que ele passasse o resto dos seus dias
machucando-se, mordendo seu próprio rabo.

Enquanto isso, o mago, do outro lado da aldeia,
continuava a ensinar às crianças:
" Não menospreze sua essência, ela é a sua Alma.
Aceite quem você é, aceite o que você é,
caso contrário,
o preço a pagar será muito alto."
(S i l v i a S c h m i d t)


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Naki'o






O cãozinho que teve as 4 patinhas amputadas pq ficaram congeladas por muito tempo, num inverno muito rigoroso. Mas graças a atitude do veterinário Christie o cãozinho Naki'o ganhou uma prótese.
Fonte: http://www.incrediblefeatures.net

sábado, 18 de junho de 2011

O menino e a criatividade




Era uma vez um menino. Ele era bastante pequeno e estudava numa grande escola. Mas, quando o menino descobriu que podia ir à escola e, caminhando, passar através da porta ficou feliz. E a escola não parecia mais tão grande quanto antes.
Certa manhã, quando o menininho estava na aula, a professora disse:
– Hoje faremos um desenho.

– Que bom! Pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos. Podia fazê-los de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, barcos e trens. Pegou então sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse:

– Esperem. Ainda não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos.

– Agora, disse a professora, desenharemos flores.

– Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores. E começou a desenhar flores com seus lápis cor-de-rosa, laranja e azul. Mas a professora disse:

– Esperem. Vou mostrar como fazer. E a flor era vermelha com o caule verde.

Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse:

– Hoje faremos alguma coisa com barro.

– Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de barro. Ele podia fazer todos os tipos de coisas com barro: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e a amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse:

– Esperem. Não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos.

– Agora, disse a professora, faremos um prato.

– Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse:

– Esperem. Vou mostrar como se faz. E ela mostrou a todos como fazer um prato fundo. Assim, disse a professora, podem começar agora.

O menininho olhou para o prato da professora. Então olhou para seu próprio prato. Ele gostava mais de seu prato do que do da professora. Mas não podia dizer isso. Amassou o seu barro numa grande bola novamente e fez um prato igual ao da professora. Era um prato fundo.

E, muito cedo, o menininho aprendeu a esperar e a olhar, e a fazer as coisas exatamente como a professora fazia. E, muito cedo, ele não fazia mais as coisas por si mesmo.

Então aconteceu que o menino e sua família mudaram-se para outra casa, em outra cidade, e o menininho teve que ir para outra escola.

No primeiro dia, ele estava lá. A professora disse:

– Hoje faremos um desenho.

– Que bom! Pensou o menininho. E ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse. Ela apenas andava pela sala. Então, veio até ele e falou:

– Você não quer desenhar?

– Sim, disse o menininho. O que é que nós vamos fazer?

– Eu não sei até que você o faça, disse a professora.

– Como eu posso fazer? Perguntou o menininho.

– Da mesma maneira que você gostar. Respondeu a professora.

– De que cor? Perguntou o menininho.

– Se todos fizerem o mesmo desenho e usarem as mesmas cores, como eu posso saber quem fez o quê e qual o desenho de cada um?

– Eu não sei, disse o menininho.

E ele começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde.

(Conto de Helen Barckley)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Minha tropa de elite!!!


Nós os gatos, quando entramos na vida de alguém, partilhamos tudo: o cantinho no sofá, a almofada na cama, o banco da mesa da cozinha, todo e qualquer lugar que nos faz sentir confortáveis!! ;)
Negrinho, Vidinha, Miau, Neco, Frajola e Negresca.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vidinha e Florzinha


"O modo como tratamos os gatos aqui em baixo determina nossa situação quando formos para o céu”
::Robert Heinlain::

Florzinha e Neco



“Mesmo quando gordos, os gatos conhecem instintivamente uma regra importante: quando estiver gordo, saiba se colocar em poses elegantes”
::John Weiz::

sexta-feira, 3 de junho de 2011


O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida...
Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
de carícia a contrapelo...
Partir, ó alma, que dizes?
Colhe as horas, em suma...
mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte alguma!

terça-feira, 24 de maio de 2011

24 DE MAIO - DIA DE SANTA SARA SALI

Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.

Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.

Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio. Segundo Míriam Stanescon - Rorarni (princesa do clã Kalderash), deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito lenço).

Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.

Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.

domingo, 22 de maio de 2011

Flor






Gato que brincas na rua
(Fernando Pessoa)

Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Tu tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

sábado, 21 de maio de 2011

O amanhã a Deus pertence!




Hj sábado dia 21 de maio, como sempre procurando alguma coisa e encontrando outra (hehehe) achei esse livro que ganhei no Natal de 2009 da minha vizinha e grande amiga Nice, deixei-o por um longo tempo no aparador, depois ele foi parar na estante, e finalmente no gaveteiro do meu quarto, sem nunca sequer ter curiosidade em ler. Não sei se com vcs também é assim, deixo tudo para depois, hoje tenho muita coisa a fazer e não me sobra tempo! Preocupo-me com o amanhã e deixo de viver o hoje. MAS como nada ACONTE POR ACASO, encontrei-o e vou me dedicar a leitura do mesmo.

“O tempo certo é aquele em que as coisas acontecem e o amanhã a DEUS pertence”.

Um maravilhoso domingo à todos.

Bjo